sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Ainda bem que existem os bombeiros.

Minha história aconteceu na sexta-feira, dia 12 de Setembro de 2009, após um dia de trabalho, mas vou iniciar pelo início do final. Agora estou em casa cuidando de meu filho de 17 anos, que após uma queda da escada de nossa casa deslocou terrivelmente a rótula do joelho esquerdo. O rapaz tem 1,72 de altura, corpo atlético porque desde jovem é praticante de ciclismo, tendo participado em diversas competições estaduais na modalidade de velocidade. Não é difícil imaginar o desespero que envolveu a família quando ele atirado no chão gritava de dor.

No hospital de pronto socorro de Canoas, HPSC, chegamos levados pela SAMU. Que atendimento espetacular dos atendentes, atenciosos e cuidadosos tiveram grande mérito no processo de salvamento. No hospital, numa noite de muita chuva, e que chuva, hoje ainda com reflexos em todo o Estado e em nosso município, chegamos e logo o menino atendido pela emergência, foi submetido a uma intravenosa para conter a dor. Eu, como pai, nervoso estava ali no hospital tentando furar a segurança e acompanhar meu menino. Na porta dos fundos disse o guarda ao me abordar: "não pode deixar seu veículo aqui, somente autorizados"; bom logo saí e voltei a pé. O guarda disse então: "não pode ficar aqui"; então voltando para recepção, no meio do caminho passei pela porta onde estava meu filho e parei, olhei, e fiquei, observando sempre que entrava ou saia alguém. Como no local ficavam acompanhantes de doentes passei a me identificar como tal e permaneci. Logo meu filho me viu ao ser conduzido para realizar um "Raio X" , com ele duas enfermeiras muito simpáticas falavam com ele amavelmente, de forma que transmitiram paz e confiança no seu atendimento. Foi atendido pelo médico que recolocou o joelho no lugar com um simples esticar de perna, e tirou como um mago toda a dor e sofrimento físico e espiritual, mãos de santo, mãos de alguém que opta por salvar vidas. No balcão da frente do HPS Canoas, minha esposa tentava apresentar um cartão de convênio, mas foi interrompida, sendo dito que ali não precisava. Nós tínhamos o cartão, mas quantos em Canoas não tem? Enquanto estava ali, pensei naquele hospital, eu estava eu ali presente no dia de sua inauguração, mas não pensava estar ali nessa circunstância, feliz administração que hoje ainda presente salva vidas.

Entre o tempo do deslocamento para o hospital e a chegada da SAMU, resultou que estou de resguardo com um resfriado dos brabos, mas tudo bem, ser pai é isso, é amar, é sofrer com a dor do filho. Estava nesta noite deslocando para a locadora, após devolver uma fita, olhando outro título para levar, quando toca o telefone de minha esposa. Minha filha diz: mãe vem logo que o Willi quebrou o joelho, minha esposa entendeu: "quebrou o azulejo", e disse: "quebrou quebrou, fazer o quê". Bom do outro lado meu filho caído no chão aos prantos, com minha filha, com seu 1,60 de altura e a namorada dele com um pouco menos. O filho ao ouvir a resposta, já que o fone estava em viva voz passou a gritar mais alto para mostrar da gravidade. Quando minha esposa entendeu disse, vamos embora que o Willi quebrou o joelho, nossa que correria, logo estávamos chegando e meu filho com a perna atravessada, com o joelho pro lado, uma visão horrível, gritava de dor. O desespero começou, como vamos levar ele pro hospital dentro de um automóvel, carregar pra rua, abaixo de chuva, sendo somente eu e minha esposa, quase impossível, mas tínhamos de levar, onde peguei uma raquete de tênis e comecei a colocar na perna para fazer as vezes de uma tala. Quando toca o telefone, somos dos Bombeiros, ligaram daí para pedir socorro, minha filha atendeu, e disse que sim, demos o endereço e logo chegou um caminhão de bombeiros com uma maca. Os bombeiros olharam e disseram que precisavam de uma ambulância pois a coisa era feia. Ligaram diretamente para a SAMU, falaram com alguém explicaram a situação e depois de alguns minutos chegou os atendentes da SAMU, muito competentes fizeram seu trabalho sem nada a retocar.


Devem estar se perguntando como foi que os bombeiros descobriram do fato. Explico: pois eles ligaram depois de eu ter ligado e dito rapidamente que a emergência da SAMU não iria comparecer. Pois é, minha filha antes de ligar para minha esposa tinha ligado para a SAMU e pedido ajuda, sendo feito um breve interrogatório e dito que nesses casos não atendiam, mas nós ao chegar em casa ligamos novamente para a SAMU antes de ligar para os bombeiro, mas infelizmente após um breve interrogatório, após a análise de alguém por telefone sentenciou meu filho devia ficar no chão sob dor intensa, e com apenas o aconselhamento de que eu devia levar ele de carro. Felizmente eu tenho carro, mas nem todos o têm. Que serviço é esse que ajuda as pessoas possuindo atendentes competentes nas ambulâncias e conta com pessoas tão despreparadas no telefone onde é feito primeiro atendimento. Esperava ser atendido por alguém especializado em saúde com atendimento preliminar por telefone. GRAÇAS A DEUS, AINDA BEM QUE EXISTEM OS BOMBEIROS.


Por Oriom, em 13 de setembro de 2009 - 17h20